quarta-feira, 25 de maio de 2011

Um dos problemas da democracia portuguesa, principalmente nos últimos anos, é que as mudanças políticas ocorrem não por convicção, mas por negação. Votamos em X porque estamos fartos de Y. O importante não é o que W se propõe fazer, mas não deixar que Y faça.
Guterres foi eleito porque o ciclo de Cavaco havia terminado. As pessoas queriam mudança, mesmo que não soubessem qual. Durão é eleito porque o importante era não deixar o ciclo de Guterres continuar. Sócrates ganha, ou melhor, Santana perde, porque o ciclo que representa terminou.
E Sócrates arrisca não perder, quando a vontade geral é que se vá embora, mas apenas porque é o melhor político que vi em muitos anos. No bom sentido de marketing político e no péssimo de alguém que consegue mentir com quantos dentes tem e nunca deixa que essa marca lhe seja atribuída.
Mas mesmo que perca, é por isso mesmo, porque os eleitores queriam que perdesse, não tendo grande vontade que o Passos ganhe, ou que este os motive. Nada disso. Nem merece grande confiança ou convicção. Mas é o mais a jeito para ser o próximo Ex-primeiro-nistro. E assim jamais teremos identidade e força para sair da crise.
Precisamos de políticos com ideias e convicções forte e acertivas!
Precisamos de lider e eleitores mais áctivos e menos reáctivos!

VMR

1 comentários:

Anónimo disse...

Um bom texto, concordo,chegámos ao ponto em que é muito mais facil votar mum partido extremista que escolher um dos dois inevitaveis, PS e PSD são a imagem da corrupção pura e dura, è a minha opinião, diria até que o que era para ser o pior é o melhor, refiro-me a pulo portas, é a meu ver a opção para liderar o governo.
Assim vemos onde realmente chegámos e a miseria que é o nosso espectro politico, para uma pessoa de esquerda ter esta opinião, acho que tá tudo dito.

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