sábado, 30 de abril de 2011

Para não ser acusado de um pessimismo irredutivel e permanente, escrevo esta primeira crónica, sobre a crise que nos aperta, salientando algum do valor que existe neste País que já foi enorme.
Um dos sectores que nos deixou no estado em que estamos foi o da construção. Obras públicas que são um autêntico roubo e muitas delas desnessárias. Obras particulares, por vezes exageradas e muitas vezes inflacionadas, especialmente para conseguir um maior financiamento (duplo erro!). Empreiteiros tão organizados como um tornado, com estilo de vida em que o combustivel era dinheiro, muito dinheiro. Fraudes e corrupção. Enfim, uma óptima via de acesso à crise.
Contudo, é também neste sector que encontramos do melhor que Portugal tem para oferecer ao Mundo - massa cinzenta!
Souto Moura foi recentemente galardoado com o prémio Pritzker - o nóbel da arquitectura. E somos dos poucos países do Mundo que se podem orgulhar de ter 2 premiados, visto que Siza Vieira já o tinha sido, e o único em que ambos são da mesma cidade - Porto.
A nossa arquitectura é das mais conhecidas, admiradas e requisitadas do Mundo. Estudada nas melhores universidades e pelos mais prestigiados professores.
Depois temos ainda o Prémio Outstanding Structure - o nóbel da engenharia de estruturas. Novamente temos dois galardoados, mérito apenas acessivel a americanos e alemães. José Mota Freitas (Igreja da Santissima Trindade em Fátima) e António Segadães Tavares (Aeroporto Funchal) são os nomes.
Contabilizando apenas o que foi facturado por empresas e profissionais liberais (não incluindo ordenados de profissionais que estão a trabalhar para empresas estrangeiras), os serviços de arquitectura e engenharia já ascendem a 600 milhões de euros, e cresceram 100% em 4 anos. Uma boa ajuda para sair do buraco, não?!

ZV

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